Uma nova célula capaz de converter a luz solar direta em eletricidade foi desenvolvida por cientistas norte-americanos. Em comparação com os demais modelos disponíveis no mercado atual, esta nova célula solar se tornou a mais eficiente do mundo com um potencial efetivo de 44,5%.
A eficiência de converter eletricidade dos modelos atuais são, no máximo, cerca de 25% medida pela sua capacidade de transformar a luz do sol recebida em energia elétrica. No Brasil, a célula com maior eficiência apresenta 17,3% de rendimento. As tradicionais células fotovoltaicas utilizadas atualmente, só conseguem captar apenas uma pequena faixa do espectro da radiação, nunca conseguiram alcançar uma eficiência maior do que 30%.
A nova tecnologia desta célula é mais moderna e inovadora em comparação com outras células, pois usam impressão de transferência, com isso, foi possível que os cientistas montassem as peças componentes com um nível alto de precisão. Além disso, a célula usa materiais derivados de substratos de antimônido de gálio (GaSb), que geralmente são utilizados em lasers e fotodetectores infravermelhos, com a intenção de absorver cada parte da luz solar direta.
O Dr. Matthew Lumb, principal autor do estudo e cientista de pesquisa da GW School of Engineering e Applied Science, diz que este novo dispositivo é capaz de desbloquear a energia armazenada nos fótons de longa duração, perdidos nas células solares convencionais e, portanto, fornece um caminho para a realização da célula solar de multi-junção final. A nova célula desenvolvida na Universidade George Washington utiliza painéis fotovoltaicos concentradores (CPV) que colocam lentes para concentrar a luz solar em minúsculas células solares.
Esta nova célula desenvolvida pelos pesquisadores da universidade conseguiu alcançar uma eficiência de 44.5%. Porém, o maior recorde de eficiência alcançado com essa tecnologia foi de 46%. O custo de fabricação dessas células inovadoras é alto, mas, com o tempo, os custos devem ser reduzidos para chegar a nível comercial. Neste mesmo tempo, outras pesquisas irão aumentar ainda mais a sua eficiência.
Estamos avançando para um futuro melhor, cada vez mais vimos que o uso da energia solar fotovoltaica cresce em todo o mundo, o que a torna gradativamente mais acessível. As novas pesquisas buscam por soluções inovadoras e tecnológicas para que possamos utilizar a energia sustentável de modo mais eficaz e abandonar de vez as energias poluentes que são prejudiciais para o meio-ambiente.
Atualmente, 80% da energia consumida no mundo ainda vêm de fontes fósseis, como petróleo e carvão. No entanto, segundo estudos, as energias renováveis representarão 40% do consumo até 2030 e 90% até 2060. E, para atingir essas metas, as evoluções tecnológicas estão sendo realizadas, e essa nova célula é uma delas.